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SEBASTIÃO FRANCISCO DE MELO PROVAS, natural de Lisboa, Portugal,
nomeado a 22 de junho de 1811, tomou posse em 22 de janeiro de 1812, governando
até 16 de novembro de 1816. Governou a Capitania do Rio Grande do Norte, tendo
sido grande incentivador das atividades culturais, era entusiasta os autos e
folguedos populares. Segundo tradição oral, ensaiou se durante o seu governo o
Fandango, em Natal, datando daí a popularidade, desde auto. [Como administrador,
preocupou-se em sanear as finanças públicas e realizou algumas obras, dentre
estas, a construção do Quartel da Companhia de Linha, em Natal. Era primo segundo
de Sebastião José de Carvalho e Melo , Marquês de Pombal, o todo poderoso
Ministro de Dom José I. Sua esposa, Dona Maria Leonor de Carvalho Melo, filha de Henrique José de Carvalho. 2º Marques de
Pombal, deu-lhe, em Natal, o primeiro filho, falecendo poucos dias após o
parto, na cidade de Natal.
SEBASTIÃO FRANCISCO DE MELO PROVAS
Nasceu em
Lisboa (1790), filho de Francisco de Melo e Povoas,primeiro capitão-mor da
Capitania de São José do Rio Negro, atual Estado do Amazonas, depois Capitão-General
e Governador do Maranhão, primode
Sebastião José de Carvalho e Melo -Marquês de Pombal e Ministro de Dom José I.
Melo e Povoas era, pois, primo em segundo grau do ilustre nobre, e mais se
fortaleceram os laços de família quando desposou a também lisboeta D. Maria
Leonor de Carvalho Melo, filha adotiva de Henrique José de Carvalho Melo, 2º Marquês
de Pombal (consta que em Natal nasceu seu primeiro filho –set., 1814 –, dias
mais tarde falecendo D. Maria Leonor, aqui sepultada). Sebastião Francisco teve
rápida ascensão na carreira militar: sentou praça como Aspirante a Guarda-Marinha
(out., 1806), é Guarda-Marinha (jul., 1807) e 2º Tenente (mar., 1808), quando
transfere-se para a infantaria, três meses depois sendo promovido a 1º Tenente.
Chega a Capitão em novembro de 1810 e Sargento-mor em 1811, um ano antes de vir
para Natal, e seria Tenente-Coronel em outubro de 1817. Era fidalgo cavaleiro
da Casa Real, Cavaleiro da Torre e Espada e Comendador da Ordem de Cristo.
Assumiu esta Capitania com apenas 22 anos de idade, provavelmente constituindo
este o motivo de acompanhá-lo um ajudante de ordens, o Sargento-mor Antônio Bernardino
Mascarenhas –uma espécie de mentor, diria CÂMARA CASCUDO, que complementa: O
secretário, Luiz Pinheiro de Oliveira, foi elemento de real eficácia(1989, p.
200). Foi nomeado Capitão-mor e Governador da Capitania do Rio Grande do Norte
por Carta Patente do Príncipe Regente Dom João, emitida no Palácio do Rio de
Janeiro a 22 de junho de 1611. Prestou preito e homenagem no dito Palácio em 28
de agosto do mesmo ano e sua posse deu-se a 22 de janeiro de 1612 na Matriz de
Nossa Senhora da Apresentação, perante o Senado da Câmara, presentes o Juiz-Presidente,
Procurador e Vereadores. A Capitania tinha, à época, 50.000 habitantes,
exportava gado e peixe seco, desenvolvia as culturas do algodão, cana-de-açúcar
e, também, com bons resultados, a mandioca para o fabrico da farinha, o milho e
o arroz. Dizem VICENTE DE LEMOS e MEDEIROS (1980, p. 75) que “as salinas eram
exploradas com proveito e sem embargos, rendendo, em 1812, o imposto de
112$670. As rendas da Capitania, para o tempo, foram ótimas e aplicadas
honestamente, pois o governador saldou os compromissos dela e pagou os
servidores, inclusive os soldos atrasados de soldados inválidos e pensões de
viúvas e menores. Construiu e inaugurou, a 24 de junho de 1813, o Quartel da
Companhia de Linha, cujo comandante, Capitão Antônio Germano Cavalcanti de
Albuquerque, era um dos líderes revolucionários em 1817, ao lado de André de
Albuquerque Maranhão. Passou o governo em 16 de novembro de 1816 para José Inácio
Borges e partiu para o Rio de Janeiro, onde o aguardava outro importante
encargo, conforme registra CÂMARA CASCUDO (op. cit., p. 201):
Dom João,
no mesmo decreto em que criava a Capitania das Alagoas (desmembrando-a da de
Pernambuco), nomeava-o seu Governador, a 16 de setembro de 1817
FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO